quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Requiem para um Cronópio


Inércia, torpor, silêncio, lágrimas... Notícia sobre nosso querido Luis Alberto: ele já não está entre nós!

A partida dele leva um pouco de quem conviveu com ele, compartilha de suas idéias e, por meio dele, aprendeu a acreditar no impossível, na subversão de inventar novos caminhos. Warat não foi apenas um professor, foi um amigo que nos ensinou que não há conhecimento sem afeto e que o ensino é um ato de amor e sedução. Ele não semeou discípulos para repetir as suas palavras, mas foi filósofo no sentido mais literal do termo: amou o conhecimento e nos inspirou a buscar apaixonadamente os nossos próprios caminhos. Luis foi um mestre que ensinou possibilidades surrealistas de vida, o sonho como exercício, a arte do recriar-se como sujeito. Seu encantamento, foi nos ensinar a permanecer sempre abertos para a vida. Por isso é tão difícil aceitar a sua morte. Mas, ao mesmo tempo, é mais leve aceitar o falecimento de alguém que viveu com tanta intensidade os seus dias e as suas noites. Warat, neste momento de tristeza, só temos a agradecer. Obrigado por nos ter dado o prazer do seu convívio; obrigado por nos ter encorajado a nos assumirmos como sujeitos carnavalizados e criativos, geradores de nossas próprias ilusões. Warat, se o “eu” somente pode ser um “entre-nós”, como você sempre dizia, tenha certeza de que estará presente e vivo. O Beijódromo da UnB está aí! Suas idéias estão aí! Pessoas de todo o Brasil choram com a notícia de sua partida. Querido Warat, não há palavras para este momento.

Resta-nos apenas agradecer. Muito obrigado.

Alexandre A. Costa, Eduardo Rocha, Eneida Dultra e Marta Gama

3 comentários:

  1. Quando o soluço emudece o sentimento de gratidão predomina.


    Faço minhas as palavras dos amigos. Apenas agradeço por ter tido a oportunidade de aprender com esse Gênio criativo, cujos pensamentos indomáveis nos impulsionavam a seguir nos trajetos do inusitado; agradeço por ter convivido com este querido Mestre e amigo, sinto-me emudecida... Por vezes acreditei que o Cronópio Mor fosse eterno, deveria ser eterno...e será, nas lembranças, nas memórias do intangível, nas vivências que proporcionou a tantos de todo o país, nos seus escritos, no legado de sua obra.



    Deixo meu abraço fraterno a todos que sentem a sua partida e já não poderão sentir a “alegria do barco voltando”.

    Mariana Veras.

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  2. Hermoso texto gracias querido Eduardo, mucha emoción, pocas palabras... Abraços grandes.
    Leopoldo

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  3. No puedo dejar emocionarme por el cariño que expresan todos hacia mi papa, se que fue un gran jurista y filosofo, pero a mi me dejo el legado de la pasion por la escritura, de las ganas de cambiar el mundo. No se si alguna vez podre igualar su bondad, su amor al mundo, pero pai...GRACIAS y si pudiera leer todas las cosas maravillosas que escriben de el , sabria que su mision se cumo cumplio...TE AMO PA.FlorenciaWarat(nunca estuve tan orgullosa de escribir el apellido que me representa)

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