sexta-feira, 24 de junho de 2011

SEMINÁRIO 25 ANOS DO NEP – HOMENAGEM A ROBERTO LYRA FILHO E LUIS ALBERTO WARAT



LOCAL: Memorial Darcy Ribeiro – campus Darcy Ribeiro da Universidade de Brasília

30 DE JUNHO

19h – Abertura

Mesa – A trajetória do NEP 1986-2011: memória pautada nos direitos humanos e na emancipação
Expositores
José Geraldo de Sousa Jr (Reitor da Universidade de Brasília)
Roberto Ramos de Aguiar (Ex- reitor da Universidade de Brasília)
Nair Heloisa Bicalho de Sousa (Coordenadora do NEP – Núcleo de Estudos para a Paz e os Direitos Humanos/CEAM/UnB)

21h – Lançamento de livros

1º. DE JULHO

9h - Mesa redonda – Lyra Filho e Warat: trajetórias, pertinências e rupturas
Coordenadora: Cláudia Roesler (Coordenadora do Programa de Pós-Graduação da Faculdade de Direito - UnB)
Expositores
José Geraldo de Sousa Jr – Roberto Lyra Filho ontem e hoje
Antônio Carlos Wolkmer (UFSC) – Roberto Lyra Filho e Luis Warat : contribuições à teoria crítica do direito no Brasil
Juliana Neuenschwander Magalhães (UFRJ) -  Warat: da teoria do Direito á cinesofia
Albano Marcos Bastos Pepe (UNISINOS) –  O onírico na obra de Luis Alberto Warat
Alexandre Bernardino Costa (UnB) – O Direito Achado na Rua : um paradigma para a educação jurídica


14:30h – Workshop – Lyra Filho e Warat em nós
Coordenadora: Nair Heloisa Bicalho de Sousa (NEP/CEAM/UnB)
Expositores
Alexandre Araújo (IPOL – UnB)
Marta R. Gamma Gonçalves (Doutoranda  FD – UnB)
Dimitri Graco (Mestrando FD - UnB)
Fábio Sá e Silva (Mestre FD – UnB e Doutorando da  Eastern University – EUA)
Alayde Sant’ Anna (Mestre FD – UnB))
Mauro Noleto (Mestre  FD - UnB)
Eneida Dultra (Mestre  FD – UnB)
Lívia Gimenes D. da Fonseca (Mestranda FD – UnB)
Mariana R. Veras (Mestre FD – UnB)
Cloves Araújo (Mestre FD – UnB)
Sara da N. Cortes ( Mestre FD – UnB)



Fonte: http://odireitoachadonarua.blogspot.com/

segunda-feira, 20 de junho de 2011

quarta-feira, 15 de junho de 2011

"A liberdade de ser uma Dama no Morro"


 
Encoberta pela linda noite da Vila Boa de Goiás e sensível aos ébrios copos de cerveja, a Dama sentiu-se e viu-se livre.
 
Subindo as pedras, com as saias na mão e numa ofegante excitação, em meio a casas simples de madeira, e inebriada com a energia de Xangô, que emanava daquelas lindas rochas, a Dama fez-se rainha...Rainha do Morro.
 
Cumprimentada pelo grande maestro dessa obra (Morro), Ninha, amigo fiel e protetor deste antro da liberdade, a Dama enfeitiçava quem ousasse admirá-la.
 
Trajando um lindo vestido vermelho, com grandes rosas que se entrelaçavam nos cabelos cacheados e iluminados pela lua, a Dama tomou todos os homens do Morro, um a um, e os envolveu com sua dança, charme, mistério e sensualidade...
 
Nem mesmo as mulheres escaparam das teias da sedução...
 
O Morro foi dominado por ela...a magia dos corpos revelou uma refração contagiante...a liberdade de simplesmente ser, libertino ou libertina, de amar...
 
Relembrou tempos prósperos do Morro...em que as mulheres, as Damas, as Pombas Giras, as Maria Padilha que ali viviam, revelavam a beleza de serem mulheres da noite...que amavam
que odiavam,
que beijavam,
que fumavam,
que dançavam
e eram livres...
felizes, felizes por serem tão só MULHERES!!
 
A Rainha chegou e todas as outras vieram e (re)fizeram do Morro o grande cabaré...
 
o cabaré da liberdade de ser MULHER!!!" (Luciana Ramos, 15.06.11)

quinta-feira, 2 de junho de 2011

A fala da terra


No último sábado, 28/05/2011, a Reitoria da Universidade Federal de Goiás, em reunião com professores, coordenadores, discentes do Campus da UFG na Cidade de Goiás e os(as) estudantes da turma "Evandro Lins e Silva" (primeira turma de Direito exclusiva para beneficiários da Reforma Agrária e pequenos Camponeses) assumiu o compromisso público que dará todo apoio para a criação de uma nova turma de Direito na UFG para pequenos agricultores e beneficiários da reforma agrária.

A experiência foi extremamente exitosa, sendo muito importante que se dê continuidade.


A bela poesia abaixo, "A fala da terra", foi lida por Inez (estudante da Turma Evandro Lins e Silva, pequena agricultora, Militante do MST) ao término do encontro.

A fala da terra

A Liberdade da Terra não é assunto de lavradores.
A Liberdade da Terra é assunto de todos quantos
se alimentam dos frutos da Terra.
Do que vive, sobrevive, de salário.
Do que não tem casa. Do que só tem o viaduto.
Dos que disputam com os ratos
os restos das grandes cidades.
Do que é impedido de ir à escola.
Das meninas e meninos de rua.
Das prostitutas. Dos ameaçados pelo Cólera.
Dos que amargam o desemprego.
Dos que recusam a morte do sonho.
A Liberdade da Terra e a paz no campo têm nome:
Reforma Agrária.
Hoje viemos cantar no coração da cidade.
Para que ela ouça nossas canções e cante.
E reacenda nesta noite a estrela de cada um.
E ensine aos organizadores da morte
e ensine aos assalariados da morte
que um povo não se mata
como não se mata o mar
sonho não se mata
como não se mata o mar
a alegria não se mata
como não se mata o mar
a esperança não se mata
como não se mata o mar
e sua dança.

Pedro Tierra
in Vozes Sem Terra (site)