segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Babel Orkestra

Por Eduardo Rocha

Balbel Orkestra. Nas palavras do meu querido amigo Leopoldo, um verdadeiro Cabaré Waratiano! Teatro, música e liberdade foi isso que senti na primeira e supreendente vez que fui ao show desse criativo e irrepetível grupo argentino. Ir à Buenos Aires já é maravilhoso. Tendo a oportunidade de vivenciar a "Balbel Orkestra", certamente, tornará a viagem inesquecível!

Abaixo, uma palhinha!




sábado, 23 de outubro de 2010

Utopia?



Por Fêres El Assal



Um mundo perfeito onde todos são felizes, iguais, sem preconceitos, com total liberdade de expressão, ninguém te persegue, todos sabem que você é importante e deve ser respeitado e compreendido como você é. Conto de fadas? Parece ser realmente uma das várias historias que escutamos quando crianças, mas não dessa vez. A Organização das Nações Unidas (ONU) deu um pequeno passo para que a sociedade caminhe para um perfeito estado de harmonia e união: A Declaração Universal dos Direitos Humanos. Perfeito, nem mesmo a mais popular das religiões (o capitalismo) prega tamanho grau moral. Apesar disso, todo grande avanço é acompanhado de um problema deveras extenso.
A ideia inicial era a de que todas as nações adotariam a declaração como um molde de desenvolvimento. Educação, saúde, trabalho, propriedade; quantas vezes nos prometem melhorias em tais áreas? Pelo menos se a declaração fosse levada a sério, isso já não seria problema, mas sim solução. Mais de 200 países basearam seus códigos civis e constituições na declaração, mas nenhum desses países conseguiu praticá-la. Exemplo? O Líbano é dos países do oriente médio que trava uma guerra com Israel desde 1948 (tendo-se em vista que os palestinos foram “chutados” da região com a criação do estado judeu, logo, alguma nação aliada iria tomar as dores dos exclusos). Uma vergonha para duas nações que baseiam seus códigos na declaração.
Parece ser tão simples, é só seguir essa receita que tudo dá certo, mas em qual sociedade todos os indivíduos tinham direitos iguais? Os romanos aceitavam em seu vasto império a variedade de culturas, religiões, mas uma resistência de algum grupo a ser dominado resultava em um massacre. Os árabes em sua expansão islâmica baniram a base de espada e sangue os politeístas em seus caminhos. Os americanos usam bombas e sanções econômicas em quem se opõe a sua política imperialista/capitalista. Sempre foi e sempre vai ser assim, a força é quem defende os direitos que uma nação imagina ter.
É algo absolutamente utópico imaginar uma harmonia universal. Em nenhum momento de toda a humanidade houve e jamais haverá consentimento de que todos são iguais (independente de sexo, raça, nacionalidade ou time de futebol). O homem não pratica e não ensina seus filhos a praticar a compaixão com o próximo, não é de uma vez que vamos aprender que o diferente não nos atrapalha.
Com tantos deveres presentes em todos os artigos da declaração (por exemplo, no artigo 26: “(...) a educação deve ser gratuita (...) o ensino técnico deve ser generalizado (...)”, entre outros), poderiam encontrar alguma maneira de gradativamente ensinar a humanidade de que respeitar o diferente é respeitar a si mesmo. Se isso não acontecer, caminharemos cada vez mais para o estado inicial humano descrito por Thomas Hobbes em “O leviatã” – o estado de guerra. Afim de tudo isso, bem que a ONU poderia criar uma Declaração Universal dos DEVERES Humanos, porque todos nós nascemos com direitos, mas quem nos ensina a respeitar os direitos dos outros de forma clara e eterna?

Sem mais,
bom fim de semana.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Direito, sujeito e subjetividade: para uma cartografia das ilusões


Por Eduardo Rocha

Foi publicada na última edição da Revista Captura Críptica, que é organizada pelos estudantes de mestrado e doutorado da UFSC, uma entrevista com Luís Alberto Warat. Vejam um pequeno trecho:





Captura Críptica: A sua tentativa de aproximação do Direito com Arte é
muito antiga. Poderíamos dizer que desde a década de 80, quando você lança A
ciência jurídica e seus dois maridos e O manifesto do surrealismo jurídico,
realiza as semanas de Cinesofia, lança a revista Cinesofia, essa proposta tem
sido construída. Atualmente, você tem trabalhado com as possibilidades de
formação de juristas sensíveis através da experiência artística. Como essa
relação interdiciplinar pode gerar esse espaço de sensibilidade no ambiente
jurídico?
Luis Alberto Warat: Falar da função da arte na descoberta da
sensibilidade implica para mim sempre a procura ou a produção de um processo
criativo. Pois, através do processo criativo, é possível conhecer e resignificar os
meus devires e os devires do outro, é possível produzir revoluções moleculares
e instigar a emergência de novas formas de compreensão do mundo. Meu
grande problema e desafio é como estimulo a sensibilidade criativa ou como
estimulo a sensibilidade através de um processo criativo. Para desenvolver a
sensibilidade é necessário que deixemos a arte atravessar nossos corpos, que
vivamos intensamente a poesia, esse caminho foi apontado nas experiências
vividas pelo grupo de pesquisa Direito e Arte da UnB, que eu coordenei durante
os anos de 2005 a 2007, que radicalizou a minha proposta e aceitou o convite
para livremente experimentar a arte. Com esse grupo inaugurei um espaço
poético que nomeamos Cabaret Macunaíma. Um espaço poético e mágico.
Creio que através dessas experiências podemos nos reconstruir enquanto devires
mais sensíveis, mais abertos ao outro. Tenho a impressão que o trabalho desse
Grupo resultou na intensificação da aproximação do Direito e Arte e abriu um
leque de possibilidades. Os Cafés Filosóficos que venho desenvolvendo desde
então e as Casas Warat eu podeira dizer que fazem parte desse movimento. Aí
eu vou citar as Casas Warat de Goiás e Santo Ângelo, programas de extensão
onde os alunos são invitados a viver a experiência artística através da literatura,
do cinema e dos saraus, que se parecem muito com os Cabarets. Acredito que é
mais importante produzir a sensibilidade através da arte. Eu fazendo arte
produzo sensibilidade, isso é o que eu quero dizer.






Para ler toda a entrevista acessem:http://www.ccj.ufsc.br/capturacriptica/

Aproveito a oportunidade para divulgar que o edital para publicação nessa revista, que tem uma bela proposta, está aberto.

El escarabajo de oro informa Noticiero



Fonte:
http://luisalbertowarat.blogspot.com/


Gran noticia de la casa Warat Goias


La capes apobo en Goias Viejo el Pet sobre la tematica de la Casa Warat El Pet es una idea que nacio hace unos 30 años Estudios de la epoca indicaban que en los cursos
En la actualidad el PET de Derecho de la UFSC está a Cargo de Vera Regina Andrade, eminente criminalista del Berasil Con anterioriad coordino Sergio Cademartori y Cristihan Coubet ,que fué quien me sucedio.

Los primeros formados en los Pet hoy son todos professores jueves u Giscales Casi todos completaron sus mestrados y doctorados El prgrma es todo un exito ,como sera el nuevo de Goias Viejo

domingo, 17 de outubro de 2010

Um dia de chuva...


Por: Nádia Pinheiro

Primeiro vem o cheiro, aquele parecido com um quê de terra molhada. Um cheiro que é inconfundível e que consegue trazer nostalgia junto com ele. O céu fica escuro, como se tivessem apagado suas luzes. Depois ouvimos um barulhinho de água, quase inperceptível, tão confortante. Esse barulhinho vai virando um barulhão, mas isso só acontece algumas vezes, outras só o barulhinho é que permanece mesmo e junto dele aquele outro de vento balançando árvore, que também é bom de se ouvir.
E a alegria começa a se fazer presente, quando estamos protegidos, claro! Do contrário, nada de alegria! A não ser quando temos a intenção de realmente ir ao encontro dela, de braços abertos, abertos MESMO!
A sensação de tranquilidade vai se aproximando... é incrível o jeito com que ela vai chegando, se fazendo perceptível aos poucos. Junto com ela vem lembranças de infância, daquele cheiro do bolo de chocolate da mãe saindo do forno, equanto você assiste Castelo Rá Tim Bum na tv. Nesse momento é bom fechar os olhos e manter a mente livre, solta. Nossa mente visita tantos lugares que as vezes precisa de um pouco de descanso e silêncio.
E assim, aos poucos, ela vai passando, deixando um pouco de seu sabor e levando algumas impurezas junto com ela... vai lavando também algumas almas, principalmente daqueles que foram ao seu encontro de braços abertos. Ah, esses ficam de fato com a alma lavada!
Sei que um dia ela voltará, trazendo os mesmos sons e sensações, a mesma vontade de voar... só que, a cada volta, ela se fará de um jeito diferente.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Direito à Ternura III - Encontro I


Por Fêres El Assal

(Pretendo fazer uma abordagem mais descontraída, logo, vou ser um tanto quanto informal)

Vou fazer uma narração dos fatos. O primeiro encontro para a discussão do livro e montagem da resenha aconteceu e foi deveras interessante.
Iniciamos com um pequeno atraso do Eduardo (que aparentava ter passado uma boa noite de sono). Após um pequeno comentário quanto a massa corporal, fomos até o famoso "bar da patricinha". Eduardo perguntava: Tem comida? Eu, Kelvin e Henrique Duran respondíamos: "Tem." Eduardo reiterava: "Vende comida?"; retrucávamos: "Vende". Insistia: "Tem comida aqui?" E nós... Tem sim, pode descer. Até que ele desceu e perguntou ao garçon: "Vocês vendem comida?" A resposta: "Sim.". Notava-se uma certa desconfiança do professor quanto a nossa informação da presença ou não de alimentos, mas tudo bem. Enquanto Eduardo estava a procura de seus nutrientes, aproveitei e, devido a uma fome de tamanho incrível, comecei a comer o resto do "Micos" trazido pelo professor com pimenta e molho de alho (ieeeew). Não estava bom, mas foi interessante a experiência. Ainda hipnotizado pelos pedaços de cupim presentes no prato do professor, o fato de não almoçar me deixava mais ansioso. O professor ainda perplexo com o comentário feito mais cedo deixou de lado os pedaços de carne mais gordurosos. Pareciam estar deliciosos '-'. Com água na boca, comecei a ler o livro (finalmente a parte útil do post). Fizemos algumas reflexões interessantes como por exemplo, violências constantes que acontecem no dia a dia e que não chegam ao conhecimento ou interesse da justiça (bullying, violências caseiras -marido e mulher-, entre outras). Sensibilidade que denota um ar menos "masculino" ou, no caso de um homem para uma mulher, já deixa a entender que há alguma intenção mais, como posso dizer, maliciosa (hmm, tô sabendo). O direito não pode ser apenas norma, jurisprudência e doutrina. O direito tem de acontecer em todas as atitudes. Percebemos que devemos ter um olhar para o micro a fim de mudar o macro. O pequeno e o todo. Discutimos modos de aceitação na sociedade, o fato de que somos impostos a aceitar um comportamento que dita o que você deve fazer a fim de ser considerado homem (Kelvin se manifestou moralista ao extremo quando teve oportunidade) ou mulher, a hierarquização que é isso na sociedade e encerramos (a fome já estava descontrolada e o professor tinha compromissos).
Em resumo, consideramos o tema do livro agradável, está sendo sim muito divertido e interessante montar a resenha.
Semana que vem, nesse mesmo horário e nesse mesmo canal, continue lendo o desenrolar dessa história.

Sem mais,
Fêres El Assal.
;)

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

O bizarro, o acaso e o absurdo


Por: Lívia Barbosa

Era um final de tarde chuvoso após um dia maçante de trabalho quando conheci Sísifo. Um sujeito normal: nem gordo e nem magro, nem alto e nem baixo, nem feio e nem bonito. Não fosse pelo chá de boldo quente com gim que Sísifo tomava, provavelmente continuaríamos a ser dois estranhos que freqüentam o mesmo bar. Mas eu nunca havia conhecido uma combinação tão estranha para bebidas e não consegui esconder o meu espanto. Ironicamente, foi o bizarro que nos aproximou naquele momento.

Apesar de ter se mostrado logo um sujeito ordinário, Sísifo era cheio de surpresas. E foi entre goladas pouco animadoras da estranha bebida que me contou sua estória. Dos infortúnios do acaso, do engano da morte à condenação pelos deuses, uma sucessão de acontecimentos espetaculares, estranhos, comoventes e absurdos, tudo a um só tempo. O extraordinário subsumido a uma só vida. Um sujeito ordinário subsumindo o mundo todo.

Eu devo admitir, no entanto, que toda essa emoção e êxtase gerados pela estória de Sísifo correspondem a uma análise anacrônica daquele dia. As estórias em si, no momento que eram contadas, não tinham o impacto que poderiam ter. Sísifo não era um bom contador de estórias, não naquele dia. Ouvi-lo era como assistir a um filme de um sujeito de um país distante, sem qualquer relação com os eventos do cotidiano que conheço. Isso contraditoriamente carregado de uma banalidade trivial e pouco chamativa. Não seria exagero dizer que, dado o pouco esforço expressivo de Sísifo, o boldo com gim continuavam a me parecer muito mais interessantes do que os eventos ali narrados.

Mas nada disso mudou a minha vida. Nem o homem sem rosto, nem a bebida intragável e nem o tango que emanava suave do jukebox do bar. Foi só no final daquele dia, num tempo de 3 segundos, que o tempo passou a não importar mais. Sísifo se levantou, jogou alguns trocados no balcão para pagar a conta e voltou-se para mim dizendo: - Então nos encontramos aqui amanhã, no mesmo horário, depois do expediente.

Tudo fez sentido e tudo deixou de fazer sentido.

O absurdo estava em todo lugar.

domingo, 10 de outubro de 2010

II encuentro anual de la Casa Warat


Fonte: Facebook CasaWarat


sexta, 29 de outubro às 17:00 - 02 de novembro às 22:00


Esperamos a todos los amigos de Brasil y a los argentinos que nos siguen, será un encuentro molecular para compartir y conocernos, espacio para la creación, el arte y la poesía, y dejar fluir la razón sensible...
Vengan, salgamos de la web y encontrémonos cara a cara, mirándonos a los ojos, intentemos construir juntos... momentos valiosos, esperanzas en marcha y la multiversidad popular binacional.
Están invitados!


Ciudad Autónoma de Buenos Aires
E mail: lawarte@gmail.com

encuentro molecular argentino - brasileiro!

Temas:
> Convivencia, sensibilidad y construcción de ciudadanía
> Arte y Derecho
> Salud mental
> Cabaret Macunaima (sí, noche de cabaret en BUA!)
> Festa Aniversario
> Presentación de la Cátedra Abierta LAW y otros proyectos.
> Redefinición, redes y actividades futuras de la Casa Warat

Estás convidado!

sábado, 9 de outubro de 2010

Direito à ternura II



Por: Eduardo Rocha

"Exaustos, a ponto de desfalecer, amancebados com a melancolia e sem forças para convencer as multidões de grandes projetos, acreditamos ser possível apostar ainda na ternura, espécie de revolução molecular das rotinas da vida cotidiana que, em princípio, não tem por que conter um espaço maior do que aquele que conseguimos abranger com a mão estendida. Entre outras coisas, porque, tratando-se da ternura, não tem sentido pretender ir além do corpo". (Direito à Ternura, p. 110)


Para conhecer mais Luis Carlos Restrepo, psiquiatra colombiano e autor de "Direito à Ternura", visite:

http://luiscarlosrestrepo.com/php/index.php

No site terão acesso a todas as obras do autor.
Vale a pena conferir!

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Brasil, aonde iremos?




Por Fêres El Assal

Violência, drogas, crianças se perdendo nas ruas. Você já deve ter se cansado de ouvir ou ler essas informações em qualquer veículo de informação. Chegamos em ano de eleição e percebemos o quanto os que almejam o poder se dispõem em resolver esses problemas. Já nos cansamos de saber que isso não se resolve de 4 em 4 anos, não se nós não mudarmos primeiro.

O candidato a deputado federal mais votado do país não sabe nem ler, e há quem comente que "Ah, mas ao menos ele fala a verdade.". Nenhum paulistano se lembrou que, ao "protestar" com seu voto, devido à votação expressiva, Tiririca levou para a câmara mais 3 deputados além dele mesmo. Muito bem, são três desconhecidos que podem muito bem ser mais palhaços que o declarado analfabeto. Bem, pelo menos não vamos nos decepcionar em saber se eles são ou não ex-celebridades que, para se manter numa boa vida se dedicam a carreira política. Quem dera acreditar que o Romário e o Bebeto vão ser bons legisladores. Eles formaram uma boa dupla em 1994, mas jogando futebol, vamos deixar isso bem claro.

Ah, mas temos a lei da ficha limpa, dessa vez ladrão não tem chances. Pois bem, a lei existe, mas sujaram com o propósito dessa legislação tão bela e formosa que reacendeu a centelha da esperança brasileira de ver um dia, um congresso com menos escândalos e, quiçá, limpo (que dia...). O STF deixou passar a chance e a lei só vai vigorar a partir da próxima eleição. Que maravilha, isso foi como música aos ouvidos de grande parte dos que hoje nos representam.

O que mais me revoltou foi o fato de ter escutado o ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes falando que, apesar de ser "um incomensurável avanço na democracia", a lei de ficha limpa restringe direitos fundamentais de caráter político. Meu Deus, então teremos de suportar os irmãos metralha cuidando do nosso poder legislativo por mais quatro anos? E no caso do senado, são 8 anos de viagens, festas regadas a Whisky importado e luxos intermináveis (além dos caixas 2, 3, 4, e a dízima continua). A lei pode ser "um incomensurável" blá blá blá - como não sou tão adepto a arte da prolixidade quanto o nosso transloucado amigo (que não entende estrelas - lembrei-me de Olavo Bilac) Gilmar Mendes, não vou utilizar a superabundância fastidiosa das palavras e frases demasiadamente longas e obscuras que denotam fim nenhum. O povo é quem tem de me entender, não um determinado grupo - mas que a decisão final foi um atraso de no mínimo 4 anos para nosso país, disso sim eu tenho plena certeza.

Política, numa comparação mais simples (ok, muito mais simples) não é igual copa do mundo (apesar de acontecer de quatro em quatro anos - heheh). Na copa a derrota dói na hora, na política dói pra sempre. (Já supero nosso presidente em metáforas, não?).
Mas vamos pensar em assistencialismo, o povo gosta é disso, não é?
Então vamos dar um netbook pra cada aluno da rede pública (que nem sabe acessar a internet e nem tem dinheiro para mantê-la), eu sei que o computador vale 3 meses de salário do professor, mas para evitar protestos vamos priorizar o vale-gás e diminuir a jornada de trabalho sem redução salarial. Eles vão adorar e vão nos reeleger na próxima, olha só que beleza.
É assim, e enquanto não criarmos o hábito de sair nas ruas, protestar, fazer com que a voz do povo seja ouvida isso não vai mudar. Por que na França os protestos dão certo? Na argentina, então? Ora, eles sempre fizeram isso, logo, eles sempre vão ser considerados.

Só tenho mais uma consideração a fazer:
Pior do que tá não fica, também porque não tem mais o que piorar.

Faltam 4 anos. 2014 é hexa e é limpa.
Sem mais,
boa noite.

Direito à Ternura - Inicio.



Por Fêres El Assal.

Como alguns devem saber, a revista Captura Crítica, organizada pelos estudantes de mestrado e doutorado em Direito da UFSC (um dos maiores centros de excelência em Direito no país), lançou seu edital para a próxima edição (http://www.ccj.ufsc.br/capturacriptica).

Como a Casa Warat Cidade de Goiás sente a necessidade de publicar suas reflexões, construiremos uma resenha sobre o livro que estamos estudando: Direito à Ternura - Luis Carlos Restrepo.
Hoje, sexta-feira 08 de outubro, eu (Fêres), o aluno Kelvin Mota e o professor Eduardo Rocha nos reunimos para planejar o esqueleto do projeto. Decidimos, então, que reuniões semanais nas quintas e/ou sextas-feiras serão iniciadas a partir da semana que vem (dia 15), às 13:00 horas. Vamos analisar e comentar o livro, problematizando e enfatizando pontos importantes da obra. Vamos, galera, será uma experiência interessante ter um artigo da Casa Warat publicado numa revista de tamanha importância. O prazo limite para a entrega da resenha é dia 07 de novembro. Quem mais se interessar, procure-me ou procure o professor Eduardo.

Sem mais,
:).

Sonhe acordada menina, sonhe acordada



Por: Daniela Diniz


Texto pós Sarau Surrealista


Brasília, 2008


Seus olhos estavam nublados, as costas curvadas, os cabelos brancos. Tudo era dezembro em seu semblante. Por isso me surpreendi quando ele olhou para mim de soslaio e disse - Viver é estar eternamente a reinventar-se. A morte vem para quem se conforma consigo mesmo.

Quis pular no pescoço do velho, beijar-lhe as faces, dizer-lhe que a morte para ele jamais viria. Mas havia algo no seu silêncio que me prendeu descompassada na cadeira. No meio da imobilidade da sala, o meu coração dava saltos impossíveis. Tentava desesperadamente pará-lo para não perturbar a mudez pensativa do outro. Mas a vida ainda não me deu o poder de dizer ao coração o que sentir.

...

Ao fim da eternidade que se passou entre os ponteiros do relógio, um suspiro.... Um suspiro e um arremate - Quando o corpo corre, a mente se perde... Quando o corpo dorme, a mente sonha.

Sonhe acordada menina, sonhe acordada.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Captura Críptica - novo volume e chamada para artigos



Fonte:http://assessoriajuridicapopular.blogspot.com/2010/10/captura-criptica-novo-volume-e-chamada.html
link: http://www.ccj.ufsc.br/capturacriptica/


A revista Captura Críptica: direito, política, atualidade lançou seu mais novo volume, referente ao 1º semestre de 2010.

É a revista discente do Curso de Pós-Graduação em Direito da Universidade Federal de Santa Catarina, que acolhe contribuições de estudantes de graduação e pós-graduação, bem como profissionais, militantes de movimentos populares e interessados em geral no problema da crítica jurídica.


O edital para o próximo número já está publicado, ficando para 7 de novembro o prazo para envio de trabalhos.

Vale ressaltar que esta edição traz uma entrevista com Luiz Alberto Warat, bem como o resgate de um texto crítico do economista e teólogo alemão, radicado na América Latina, Franz Hinkelammert. Os blogueiros também contribuíram para a atual edição e com os seguintes textos:

A dura história, a história dita dura (ou Os bons meninos de hoje eram os rebeldes da outra estação), por Ricardo Prestes Pazello

Algumas reflexões sobre o ensino jurídico: interlocução com o agir comunicativo de Jürgen Habermas e a ideia de direito como integridade de Ronald Dworkin ou Tentando resgatar uma flor em meio à aridez do deserto dogmático-doutrinário das salas de aula, por Nayara Barros de Sousa


Movimentos sociais e descolonialismo: aportes para um pluralismo jurídico insurgente, por Liliam Litsuko Huzioka e Ricardo Prestes Pazello

Resenha: SANTOS, Boaventura de Sousa (Queni N. S. L. Oeste). Rap global, por Ricardo Prestes Pazello

Boa leitura a todos!
Postado por Ricardo Prestes Pazello

O Judeu errante e o vagabundo


"Tenho que tratar de ser um nômade enraizado, um nômade com geografia própria.
Existem âncoras originárias, se nos perdemos delas nos custa vagabundear pelo mundo, somos um transeunte aberto a novas âncoras. Não podemos ser como um judeu errante, melancólico pela terra perdida, querendo recuperar a terra prometida, buscando unicamente ancorar-se na palavra,porém sem permitir que os teritórios novos em que transita o territorializem deixando-lhe novas marcas na memória. O vagabundo tem que construir recordações por onde passa. Minha geografia biográfica não pode ser um cemitério povoado de fantasmas. Para ser um sujeito dono da minha própria Intimidade eu tenho que fazer doce de minhas recordações. Incorporá-las à minha biografia".
Luiz Alberto Warat ( A rua grita Dionísio, p.96)
Imagem de Ronai Pires Rocha